domingo, 10 de abril de 2011

Ranking histórico do Campeonato Escocês

Voltando aos rankings históricos, aqui vai a classificação dos times mais tradicionais do Campeonato Escocês.

Neste caso, o ranking não traz nenhuma surpresa. O interessante é ver como é que fica a classificação em um campeonato historicamente desequilibrado.

Os 30 primeiros colocados do ranking histórico na Escócia (que, ao todo, tem só 44 equipes) são:

Pos
Time
Pontos
1
Rangers
7.646,67
2
Celtic
6.724,13
3
Hearts
2.872,37
4
Aberdeen
2.318,30
5
Hibernian
2.213,74
6
Motherwell
1.580,21
7
Dundee
1.543,25
8
Kilmarnock
1.300,59
9
St. Mirren
1.145,19
10
Partick Thistle
1.070,86
11
Dundee United
1.047,93
12
Falkirk
830,92
13
Airdrie
830,86
14
Third Lanark
829,70
15
Clyde
681,82
16
Greenock Morton
668,17
17
St. Johnstone
473,85
18
Dunfermline
470,75
19
Dumbarton
367,91
20
Hamilton Academical
367,24
21
Raith Rovers
364,04
22
Ayr United
348,46
23
Queen's Park
331,83
24
East Fife
201,55
25
Queen of the South
184,09
26
St. Bernard's
118,85
27
Cowdenbeath
112,68
28
Clydebank
89,75
29
Leith
74,77
30
Stirling Albion
74,69

Nas primeiras posições, o óbvio, com Rangers e Celtic folgados nos dois primeiros lugares (e com uma boa diferença entre eles). A terceira colocação do Hearts, embora não seja óbvia para quem não tem muito conhecimento da história do Escocês, faz todo sentido. Em seguida, vem o Aberdeen, presente de forma ininterrupta na primeira divisão desde 1928.

As tradicionais curiosidades: o melhor time que não está hoje na primeira divisão é o Dundee, e o melhor time que nunca foi campeão é o St. Mirren (que, aliás, também nunca foi vice, mas mesmo assim conseguiu acumular mais de 1,1 mil pontos!).

quinta-feira, 31 de março de 2011

A “emoção” do mata-mata

Um dos argumentos muito usado a favor da disputa de torneios com mata-mata é que essa fórmula seria mais emocionante do que a disputa por pontos corridos. O atual Campeonato Paulista, no entanto, mostra que isso nem sempre é verdade.

Faltando 3 rodadas para o fim da primeira fase, apenas 1 ponto separa o 1º do 4º colocado. Se a disputa fosse por pontos corridos, teríamos um final de campeonato épico (ok, “épico” é exagero para um Paulistinha), com enorme pressão sobre as equipes e uma grande chance de ver 4 times brigando pelo título até a última rodada – coisa que é impossível no mata-mata.

Em vez disso, temos pela frente 3 rodadas mornas. Afinal de contas, está óbvio que os 4 grandes ocuparão as 4 primeiras posições. E, embora traga uma pequena vantagem nas fases decisivas, a briga pelo 1º lugar não desperta grandes paixões – até porque os jogos que valem mesmo só acontecem na próxima etapa.

Além disso, não custa lembrar que as finais de torneios mata-mata nem sempre são tão emocionantes assim. Só para citar alguns exemplos recentes, a decisão do Paulista de 2008 foi muito sem graça (o Palmeiras venceu os dois jogos contra a Ponte, por 1x0 e 5x0), a final da Copa do Brasil de 2009 foi morna (o Corinthians nunca teve o título ameaçado pelo Internacional depois de ganhar o jogo de ida por 2x0, já que marcou os 2 primeiros gols no 2x2 da volta) e até a decisão da Libertadores de 2007 trouxe poucas emoções (o Boca matou o Grêmio no primeiro jogo, por 3x0, e ainda ganhou o segundo, 2x0).

Pode-se argumentar, com razão, que os exemplos citados são exceções e que, normalmente, o mata-mata permite um desfecho mais emocionante. É verdade, mas essa emoção final vem à custa de uma primeira fase longa e chata, o que não acontece nos pontos corridos. Assim, se fosse possível fazer um “gráfico de emoção”, a comparação entre os dois modelos seria a seguinte (mata-mata com um regulamento parecido ao do Paulista):

Nos dois casos, depois da empolgação da estréia, há uma natural perda de interesse. No caso dos pontos corridos, a disputa começa a esquentar no segundo turno, aumentando lentamente o interesse até o clímax das rodadas finais. No mata-mata, a primeira fase é mais chata, e a emoção só aumenta um pouco nas últimas rodadas; depois, ela cresce rapidamente durante as etapas eliminatórias, terminando num pico mais alto, na grande final. Vale a pena?

sábado, 26 de março de 2011

Gols importantes nas Copas de 2002 e 2006

Seguindo com o limitado – mas divertido – ranking de gols importantes, trago aqui os levantamentos que fiz para as Copas do Mundo de 2002 e 2006 (incluindo Eliminatórias). Alguns resultados são bem interessantes.
Primeiro, o ranking de 2006 (entram todos com pelo menos 3 gols importantes):
Pos
Nome
País
Importantes
Gols
Pênalti
1
Stern John
Trinidad e Tobago
5
12
0
2
Maciej Zurawski
Polônia
4
7
0
3
Jared Borgetti
México
3
14
0
4
Emanuel Adebayor
Togo
3
11
0
5
Hernán Crespo
Argentina
3
10
0
5
Paulo Wanchope
Costa Rica
3
10
0
7
Tim Cahill
Austrália
3
9
0
8
Cristiano Ronaldo
Portugal
3
8
1
9
Jefferson Farfán
Peru
3
7
0
10
Adrian Mutu
Romênia
3
7
1
11
Achille Webo
Camarões
3
6
0
11
Kaká
Brasil
3
6
0
13
Edison Méndez
Equador
3
5
0
14
Juan Arango
Venezuela
3
4
0
15
Avi Nimni
Israel
3
3
0
15
Tumer Metin
Turquia
3
3
0
15
Flavio
Angola
3
3
0
15
Anvarjon Soliev
Uzbequistão
3
3
0


Aqui, o campeão foi Stern John, jogador que, se não é nenhum craque, foi sem dúvida decisivo na surpreendente classificação de Trinidad e Tobago para a Copa. Caso parecido é o do quarto colocado Adebayor, que despontou para o mundo liderando o desconhecido Togo. Além disso, aparecem no “top 10” nomes famosos, como Crespo, Cristiano Ronaldo e Mutu.
Na contagem simples de gols, os primeiros colocados são o mexicano Borgetti (14), o brasileiro Ronaldo (13), o português Pauleta, Stern John (12 cada), Adebayor e os mexicanos Fonseca e Lozano (11 cada). Cinco jogadores conseguiram entrar nos dois “top 10”: Borgetti, John, Adebayor, Crespo e Wanchope.
Agora, vejamos o ranking de 2002 (entram todos com pelo menos 3 gols importantes):
Pos
Nome
País
Importantes
Gols
Pênalti
1
Rivaldo
Brasil
4
13
1
2
Andriy Schevchenko
Ucrânia
4
10
0
2
Agustín Delgado
Equador
4
10
0
4
Cuauhtemoc Blanco
México
4
10
3
5
Fabrice Maieco
Angola
4
6
0
5
Hakan Sukur
Turquia
4
6
0
7
Dimitar Berbatov
Bulgária
4
5
0
8
Anders Svensson
Suécia
4
4
0
9
Senamuang Kiatisuk
Tailândia
3
11
0
10
Henrik Larsson
Suécia
3
11
5
11
Rolando Fonseca
Costa Rica
3
10
0
11
Ali Daei
Irã
3
10
0
13
Michael Ballack
Alemanha
3
9
1
14
Ronaldo
Brasil
3
8
0
14
Vladimir Beshastnykh
Rússia
3
8
0
16
Jon Dahl Tomasson
Dinamarca
3
8
1
16
Carlos Ruiz
Guatemala
3
8
1
18
Onandi Lowe
Jamaica
3
6
0
19
Michael Constantinou
Chipre
3
6
1
20
Alessandro del Piero
Itália
3
6
2
21
Juan Pablo Ángel
Colômbia
3
4
1
21
David Beckham
Inglaterra
3
4
1
23
Weifeng Li
China
3
3
0
23
Jairo Castillo
Colômbia
3
3
0


Nesta Copa é que o ranking de gols importantes fez um melhor trabalho de separar os jogadores decisivos do resto. No topo, dois craques que levaram suas equipes a grandes resultados – Rivaldo e Shevchenko. Mais abaixo, outros nomes importantes aparecem, como Sukur, Larsson, Berbatov, Ballack e Ronaldo.
Em 2002, a vantagem do ranking de gols importantes sobre a contagem geral é mais evidente. No total de gols, os principais nomes foram o australiano Thompson (16 gols), o hondurenho Pavón (15), o australiano Zdrilic (14), Rivaldo (13) e o haitiano Pierre (12). Apareceram nos dois “top 10” só Larsson, Kiatisuk e Rivaldo.