quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Os estreantes da Copa do Mundo de 2018


Como previsto em 2015, o Panamá
será um dos estreantes na Copa de 2018
Desde 1999, mantenho a tradição de publicar uma lista com os 10 países que têm melhores chances de se classificar pela primeira vez para uma Copa do Mundo. Em 2015, não foi diferente: postei aqui no blog uma lista com 10candidatos a ir para o próximo Mundial. A novidade? Pela primeira vez, eu acertei na mosca!

Na lista publicada em julho de 2015, Panamá e Islândia apareciam exatamente nas duas primeiras posições. As indicações eram baseadas no bom desempenho de panamenhos e islandeses nas Eliminatórias anteriores e no fato de que ambos tinham adversários relativamente fáceis em seus caminhos.

Agora que as Eliminatórias estão encerradas, podemos, a título de curiosidade, conferir quais foram os 10 novatos que chegaram mais perto de conseguir uma vaga na Copa de 2018, e assim fazer a comparação com a lista de 2015:

1) Islândia – classificada para a Copa do Mundo
2) Panamá – classificado para a Copa do Mundo
3) Uganda – ficou em 2º lugar em seu grupo na África, a 4 pontos do líder
4) Burkina Fasso – ficou em 2º lugar em seu grupo na África, a 5 pontos do líder
5) Zâmbia – ficou em 2º lugar em seu grupo na África, a 6 pontos do líder
6) Síria – chegou ao playoff da Ásia, quando foi derrotada pela Austrália
7) Montenegro – ficou em 3º lugar em seu grupo na Europa, a 4 pontos de uma vaga nos playoffs
8) Albânia – ficou em 3º lugar em seu grupo na Europa, a 10 pontos de uma vaga nos playoffs
9) Uzbequistão – ficou em 4º lugar em seu grupo na Ásia, perdendo a vaga nos playoffs pelo saldo de gols
10) Gabão – ficou em 3º lugar em seu grupo na África, a 6 pontos do líder

Das 10 equipes que mais chegaram perto de estrear em 2018, 6 estavam na lista publicada em 2015: Burkina Fasso, Zâmbia, Albânia e Uzbequistão, além de Panamá e Islândia. Dada a dificuldade de fazer previsões com tamanha antecedência, foi um índice de acerto bem alto.

Entre os 4 times não previstos, um merece destaque: a Síria, que protagonizou o grande “conto de fadas” destas Eliminatórios. Os sírios não tinham um grande time, enfrentam uma guerra civil sangrenta, perderam vários jogadores por questões políticas e não puderam mandar seus jogos no país. Mesmo assim, chegaram até a repescagem asiática, onde venderam caro a eliminação para a Austrália. O elenco sírio merece todas as homenagens possíveis.

Vale também mencionar o caso das Ilhas Salomão. Por ter chegado à última fase das Eliminatórias da Oceania, a equipe deveria aparecer na lista acima (em 7º lugar). No entanto, a verdade é que seria preciso um milagre de proporções bíblicas para essa seleção superar Nova Zelândia e Peru e chegar ao Mundial. Por esse motivo, os salomônicos foram omitidos.