Vale lembrar que, neste levantamento, é considerado “estrangeiro” todo jogador nascido fora do território do país que defende. Para referência, também foram contados os atletas que, além de não terem nascido no país, sequer jogam na liga local. A lista dos jogadores de cada seleção é a disponível no site Transfermarkt, que também é a fonte dos locais de nascimento dos atletas. Com esses critérios, o número de estrangeiros no futebol de seleções da África é o seguinte:
País |
Elenco
|
Nascidos fora
|
Nascidos e atuam fora
|
Origens* |
Comores |
44
|
20
|
20
|
França |
Argélia |
26
|
16
|
16
|
França |
Marrocos |
27
|
13
|
13
|
França, Holanda |
Benin |
34
|
13
|
13
|
França, Costa do Marfim |
Guiné Equatorial |
21
|
12
|
11
|
Espanha, Camarões |
Mali |
26
|
11
|
11
|
França |
RD Congo |
35
|
11
|
11
|
França |
Congo |
25
|
10
|
10
|
França |
Angola |
31
|
9
|
5
|
Bélgica, Portugal, Suíça |
Togo |
31
|
8
|
8
|
França |
Cabo Verde |
26
|
7
|
7
|
Portugal, Holanda |
Gana |
25
|
6
|
6
|
Alemanha, França, Inglaterra |
Rep. Centro-Africana |
37
|
6
|
6
|
França |
Burkina Fasso |
29
|
5
|
5
|
Costa do Marfim |
Madagascar |
33
|
5
|
5
|
França |
Gabão |
25
|
4
|
4
|
França |
Costa do Marfim |
26
|
4
|
4
|
França |
Chade |
16
|
3
|
3
|
Bélgica |
Níger |
25
|
3
|
3
|
- |
Mauritânia |
29
|
3
|
3
|
França |
Ilhas Maurício |
29
|
3
|
3
|
França |
Camarões |
31
|
3
|
3
|
França |
Guiné Bissau |
31
|
3
|
3
|
- |
São Tomé e Príncipe |
34
|
3
|
3
|
Portugal |
Etiópia |
28
|
3
|
2
|
- |
Moçambique |
23
|
2
|
2
|
- |
Nigéria |
25
|
2
|
2
|
- |
Guiné |
26
|
2
|
2
|
França |
Líbia |
17
|
1
|
1
|
- |
Burundi |
29
|
1
|
1
|
- |
Djibuti |
30
|
1
|
1
|
- |
Sudão do Sul |
31
|
1
|
1
|
- |
Serra Leoa |
32
|
1
|
1
|
- |
Libéria |
33
|
1
|
1
|
- |
Gâmbia |
40
|
1
|
1
|
- |
Eritreia |
42
|
1
|
1
|
- |
Tunísia |
23
|
1
|
0
|
- |
Ruanda |
13
|
0
|
0
|
- |
Senegal |
18
|
0
|
0
|
- |
Namíbia |
19
|
0
|
0
|
- |
Zâmbia |
23
|
0
|
0
|
- |
África do Sul |
24
|
0
|
0
|
- |
Egito |
25
|
0
|
0
|
- |
Suazilândia |
25
|
0
|
0
|
- |
Uganda |
28
|
0
|
0
|
- |
Zimbábue |
28
|
0
|
0
|
- |
Sudão |
29
|
0
|
0
|
- |
Lesoto |
31
|
0
|
0
|
- |
Somália |
31
|
0
|
0
|
- |
Malaui |
32
|
0
|
0
|
- |
Seychelles |
32
|
0
|
0
|
- |
Botsuana |
36
|
0
|
0
|
- |
Tanzânia |
38
|
0
|
0
|
- |
Quênia |
45
|
0
|
0
|
- |
Na média, o número de estrangeiros na África é maior do que na Ásia. Sete seleções têm em seu elenco mais de 10 jogadores nascidos fora de seu território – Comores alcança a proeza de contar com 20 estrangeiros.
EXTREMOS: Argélia conta com 16 jogadores nascidos fora do país; Egito não tem nenhum |
Uma coisa que salta aos olhos na lista é a proeminência de jogadores de seleções da África que nasceram na França – são mais de 100. A explicação para isso passa pelo passado colonial da África (mais de 20 países do continente foram colônias da França) e pelo enorme contingente de africanos (e seus descendentes) que moram na França. Esse é mais um argumento para acreditar que a maioria das naturalizações em seleções da África não são fruto de picaretagem total (como o caso dos brasileiros na Guiné Equatorial, em um passado recente).
Mesmo assim, seria positivo uma maior clareza e transparência sobre as regras que permitem a um estrangeiro defender determinada seleção. Mesmo que haja relação familiar, ter um elenco que conta com 13 jogadores que nunca sequer moraram no país (como parece ser o caso, por exemplo, da seleção de Benin) não deixa de ser estranho – ainda mais se considerarmos que, se tivessem a chance de jogar pela seleção francesa, a maioria preferiria o país europeu. E é por isso que, quando assistimos a alguns jogos da Copa Africana, ficamos com a sensação de estar vendo um amistoso entre Combinado da França A x Combinado da França B.
Hoje no Napoli 1x1 Milan tinha um exemplo de argelino nascido na França, o Ghoulan. Mas por ex, no caso do Prince Boateng, o cara jogou nas seleções subs da Alemanha e percebeu que jamais teria chance na seleção principal. Preferiu defender Gana. abs.
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