Nas últimas semanas, publiquei vários artigos sobre o
desempenho dos maiores atacantes da história em partidas decisivas.
Anteriormente, também fiz análises sobre a parformance dos grandes craques da
atualidade nesse tipo de jogo. Para fechar o assunto, agora comparo como todos
se saíram.
Primeiro, é importante um aviso: grandes nomes da história
ficaram de fora, e esta lista não pretende ser completa ou objetiva. Craques
como Zidane, Platini e Beckenbauer não foram incluídos por terem atuado mais
recuados – assim, não seria possível comparar médias de gols, por exemplo (algo
que deve-se levar em mente ao ler os números de Maradona); Garrincha não entrou
na lista por ter disputado pouquíssimos confrontos de mata-mata (menos de 15);
já o grande Di Stéfano não aparece pela falta de dados confiáveis de grande
parte de sua carreira – e os números disponíveis, do período no Real Madrid,
são praticamente idênticos aos de Puskas.
Feitas essas considerações, vejamos como os maiores craques
do passado e presente se saíram, comparativamente, em jogos decisivos:
Jogador |
Finais
|
Títulos
|
Média de gols
|
Vitórias
|
Derrotas
|
%
|
Pelé |
15¹
|
13
|
0,96
|
29
|
5
|
85,3
|
Neymar² |
14
|
9
|
0,59
|
41
|
8
|
83,7
|
Messi² |
16
|
11
|
0,63
|
62
|
18
|
77,5
|
Cruyff |
15
|
12
|
0,58
|
64
|
19
|
77,1
|
Gerd Müller |
14
|
11
|
0,78
|
59
|
19
|
75,6
|
Puskas |
9
|
4
|
1,44
|
38
|
13
|
74,5
|
Luis Suárez² |
7
|
6
|
0,67
|
25
|
9
|
73,5
|
Ronaldo |
11
|
9
|
0,86
|
52
|
21
|
71,2
|
Cristiano Ronaldo² |
14
|
9
|
0,57
|
62
|
26
|
70,5
|
Eusébio |
13
|
6
|
0,93
|
53
|
23
|
69,7
|
Maradona |
8
|
5
|
0,27
|
32
|
16
|
66,7
|
Ibrahimovic² |
5
|
5
|
0,60
|
45
|
26
|
63,4
|
Romário |
22
|
10
|
0,56
|
49
|
30
|
62,0
|
¹ Final do Rio-São Paulo de 1964 não está incluída
² Até o fim da temporada 2014/15
NEYMAR: desempenho em jogos decisivos só fica atrás de Pelé |
Quem apresenta os melhores números, sem surpresa, é Pelé. Ele tem o melhor retrospecto em partidas eliminatórias e também está entre os primeiros em títulos de mata-mata (é o melhor, com 13), aproveitamento em finais (2º melhor) e média de gols em finais (2º melhor).
Dois craques do presente chegam bem perto do “Rei” – e até podem superá-lo em alguns quesitos, em breve. Trata-se de Neymar e Messi. Os dois atacantes do Barcelona já têm um grande número de títulos no currículo e médias bem altas em todos os quesitos. Além deles, alguns jogadores se destacam em categorias específicas: Puskas é disparado quem tem maior média de gols em finais, e Cruyff ganhou o maior número de confrontos de mata-mata.
Na comparação entre passado e presente, vemos que os craques da atualidade não se saem mal. Os números de Ibrahimovic deixam a desejar, mas estão no mesmo patamar de Romário e Maradona. Cristiano Ronaldo e Suárez não impressionam, mas também não ficam atrás de nomes como Puskas, Eusébio e Ronaldo. Por fim, Messi e Neymar só perdem para Pelé – e mesmo assim, não por grande margem. É seguro dizer que daqui a 20 anos esses nomes estarão no mesmo patamar que os maiores jogadores da história.
Tomaz:
ResponderExcluirNovamente parabéns pela sua pesquisa.
Um fator importante, que não era objeto da sua pesquisa, é que o Pelé era um jogador mais completo. Chutava bem com os 2 pés, cabeceava muito bem e até no gol, pegava muito, o que não acontece com os outros craques relacionados.