Vejamos, então, a lista dos times que mais vezes jogaram contra a Seleção, no século XXI (ou seja, desde o início de 2001):
Adversário |
Amistosos
|
Oficiais
|
Total
|
Argentina |
8
|
8
|
16
|
Chile |
4
|
10
|
14
|
México |
7
|
6
|
13
|
Paraguai |
1
|
10
|
11
|
Colômbia |
2
|
7
|
9
|
Equador |
2
|
7
|
9
|
Estados Unidos |
5
|
3
|
8
|
Uruguai |
0
|
8
|
8
|
Bolívia |
2
|
5
|
7
|
Peru |
0
|
7
|
7
|
Venezuela |
1
|
6
|
7
|
França |
4
|
2
|
6
|
Japão |
2
|
4
|
6
|
Portugal |
5
|
1
|
6
|
Alemanha |
2
|
3
|
5
|
Inglaterra |
4
|
1
|
5
|
Turquia |
2
|
3
|
5
|
Costa Rica |
2
|
2
|
4
|
Itália |
2
|
2
|
4
|
A Argentina foi o país que mais vezes enfrentou o Brasil no século XXI |
É impressionante o fetiche que a CBF tem por marcar amistosos contra as duas forças da Concacaf. Não bastassem os 9 jogos oficiais nos quais o Brasil enfrentou México e EUA, ainda foram disputados mais 12 amistosos contra essas equipes (7 contra mexicanos e 5 contra norte-americanos, número inferior apenas ao de amistosos contra a Argentina). Dado que os jogos não-oficiais do Brasil são vendidos para terceiros organizarem, e os EUA (onde vivem muitos mexicanos) são um mercado gigantesco, não é preciso muita criatividade para descobrir por que a Seleção gosta tanto desses dois adversários.
Estados Unidos e México também são interessantes por simbolizarem dois tipos de oponentes que o Brasil tem enfrentado muito neste século. Os norte-americanos, de um lado, são um claro exemplo de “freguês” da Seleção no século XXI. Vejamos quais são os outros:
País |
V
|
E
|
D
|
Total
|
Chile |
11
|
3
|
0
|
14
|
Estados Unidos |
8
|
0
|
0
|
8
|
Peru |
4
|
3
|
0
|
7
|
Japão |
4
|
2
|
0
|
6
|
Turquia |
3
|
2
|
0
|
5
|
Costa Rica |
4
|
0
|
0
|
4
|
Itália |
3
|
1
|
0
|
4
|
África do Sul |
3
|
0
|
0
|
3
|
Gana |
3
|
0
|
0
|
3
|
China |
2
|
1
|
0
|
3
|
Croácia |
2
|
1
|
0
|
3
|
Irlanda |
2
|
1
|
0
|
3
|
Como destacado, os EUA jogaram 8 vezes contra a Seleção nos últimos 15 anos, perdendo em todas as oportunidades. Pior resultado só tem o Chile, que enfrentou o Brasil 14 vezes desde 2001 e não conseguiu ganhar nenhuma partida (mas, ao contrário dos EUA, pelo menos empatou 3 vezes).
Já o México entra em uma lista bem mais exclusiva – a de países que conseguem ter mais vitórias que derrotas contra o Brasil, em jogos oficiais, neste século:
País |
V
|
E
|
D
|
Total
|
México |
2
|
1
|
3
|
6
|
Bolívia |
1
|
2
|
2
|
5
|
França |
0
|
0
|
2
|
2
|
Holanda |
0
|
0
|
2
|
2
|
Honduras |
0
|
0
|
1
|
1
|
Embora tenha fama de “amarelão”, o México sem dúvida cresce contra o Brasil quando o jogo é para valer: em amistosos, os Aztecas só venceram a Seleção 1 vez, em 6 oportunidades (foram também 2 empates e 3 derrotas). Mas nas partidas que contam, o México tem levado a melhor contra nós – foram 3 vitórias em 6 jogos, e o mais importante de todos, na última Copa do Mundo terminou empatado por 0 a 0.
Aliás, a lista acima é realmente curiosa. A presença do México é compreensível; as de França e Holanda nem precisam ser explicadas; mas os outros dois países constituem verdadeiras surpresas. Quem diria que Bolívia e Honduras levariam a melhor contra o Brasil, ainda mais em jogos oficiais?
Os dois resultados, no entanto, têm explicação: Honduras só enfrentou o Brasil uma vez, na confusa Copa América de 2001, e aproveitou para ganhar da Seleção, que, na época, estava no auge de uma crise. Já a Bolívia soube tirar proveito de sua famosa altitude, garantindo 2 vitórias e 1 empate nas 3 vezes que jogou contra o Brasil em seus domínios. A verdadeira surpresa é o time ter conseguido empatar uma das partidas de Eliminatórias que fez contra a Seleção aqui no Brasil.
Em tempo: a tabela acima mostra apenas os resultados em jogos oficiais. Se incluirmos na conta também os amistosos, apenas 2 países mantêm resultados positivos contra o Brasil (considerados só times que disputaram pelo menos 3 jogos): a França (3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas) e a Holanda (2 vitórias e 1 empate).
Uma última curiosidade sobre o Brasil do século XXI. Como mencionado anteriormente, os resultados da Seleção nos últimos anos têm sido muito melhores em amistosos do que em jogos oficiais. Quais técnicos foram os principais “culpados” por essa diferença? Vejamos:
Técnico |
Amistosos
|
Oficiais
|
Diferença
|
Emerson Leão |
67%
|
29%
|
-38
|
Mano Menezes |
72%
|
50%
|
-22
|
Dunga |
89%
|
69%
|
-20
|
Carlos Alberto Parreira |
69%
|
65%
|
-4
|
Luiz Felipe Scolari |
75%
|
71%
|
-4
|
Nota-se que, neste século, todos os 5 técnicos da Seleção saíram-se melhor em amistosos do que em jogos “de verdade”. No entanto, Parreira e Felipão mantiveram diferenças aceitáveis no desempenho – diferentemente do que acontece com os outros três. Dunga, pelo menos, pode argumentar que mantém aproveitamento bom em jogos oficiais (seus números em amistosos é que são incríveis). Já Mano Menezes e Leão não têm desculpa: fracassaram totalmente nas partidas que importam (embora ambos tenham disputado poucos jogos oficiais – 4 e 7, respectivamente).
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