Em julho passado, foi publicado o Ranking Histórico do Campeonato Argentino. Na época, o leitor Alexandre levantou uma questão pertinente: já agora não são mais disputados dois títulos por ano (no novo modelo, os vencedores dos turnos se enfrentam para definir o campeão), os torneios do formato anterior não deveriam valer metade dos pontos?
Minha posição é de que, apesar de favorecer times quer foram fortes em determinadas épocas, todos os torneios devem ter mais valor – afinal os títulos de “meia” temporada têm a mesma importância para os argentinos que as conquistas de temporada “inteira”. Mesmo assim, acho que vale a pena refazer o ranking com o critério sugerido pelo leitor, a título de curiosidade.
O futebol argentino teve campeonatos semestrais entre 1967 e 1985 (Metropolitano e Nacional) e entre 1991/2 e 2011/2 (Apertura e Clausura). Para esses torneios, foi atribuído valor máximo de 50 pontos e, para os outros, o máximo continua sendo 100. Com isso, o ranking ficou assim:
Pos.
|
Time
|
Total
|
Dif.
|
1
|
River Plate
|
4.827,9
|
0
|
2
|
Boca Juniors
|
4.314,4
|
0
|
3
|
Racing
|
3.183,4
|
+2
|
4
|
Independiente
|
3.149,3
|
-1
|
5
|
San Lorenzo
|
2.907,9
|
-1
|
6
|
Vélez Sarsfield
|
1.955,2
|
0
|
7
|
Estudiantes (La Plata)
|
1.857,4
|
0
|
8
|
Huracán (Capital)
|
1.712,2
|
0
|
9
|
Newell's Old Boys
|
1.315,8
|
0
|
10
|
Gimnasia y Esgrima (La Plata)
|
1.177,5
|
+1
|
11
|
Alumni
|
1.145,0
|
+5
|
12
|
Rosario Central
|
1.115,2
|
-2
|
13
|
Lanús
|
1.020,7
|
-1
|
14
|
Ferro Carril Oeste
|
914,1
|
0
|
15
|
Argentinos Juniors
|
878,9
|
-2
|
16
|
Banfield
|
847,7
|
-1
|
17
|
Platense (Vicente López)
|
842,5
|
0
|
18
|
Lomas Athletic
|
822,2
|
+2
|
19
|
Quilmes
|
811,1
|
-1
|
20
|
Belgrano Athletic
|
768,1
|
+1
|
21
|
Chacarita Juniors
|
607,6
|
-2
|
22
|
Atlanta
|
588,5
|
+1
|
23
|
Porteño
|
508,5
|
+4
|
24
|
San Isidro
|
439,8
|
+4
|
25
|
Estudiantes (Capital)
|
430,1
|
+4
|
26
|
Tigre
|
419,1
|
0
|
27
|
Estudiantil Porteño
|
376,6
|
+3
|
28
|
Colón
|
373,8
|
-6
|
29
|
Talleres (Córdoba)
|
319,6
|
-5
|
30
|
Sportivo Barracas
|
308,7
|
+4
|
32
|
Unión (Santa Fe)
|
294,4
|
-7
|
40
|
Arsenal
|
181,4
|
-9
|
41
|
Belgrano (Córdoba)
|
168,6
|
-9
|
44
|
All Boys
|
153,0
|
-4
|
59
|
Godoy Cruz
|
81,7
|
-10
|
65
|
Olimpo
|
66,5
|
-12
|
84
|
San Martín (San Juan)
|
24,1
|
-6
|
86
|
Atlético Rafaela
|
23,1
|
-7
|
Comparando esta versão com a original, nota-se que os maiores beneficiados são os times que eram fortes na época do amadorismo (período em que havia só um campeonato por ano): Alumni (ganhou 5 posições), Lomas Athletic (ganhou 2) e, principalmente, o Racing, que seria o 3º time mais tradicional da Argentina por este critério.
Os mais prejudicados pela mudança, como era de se esperar, são times que só chegaram à primeira divisão nos últimos 20 anos, época em que sempre houve 2 torneios por temporada: Godoy Cruz, Olimpo, Arsenal... Também tiveram grandes perdas Colón e Talleres, que viveram suas melhores fases na época em que o calendário tinha o torneio metropolitano e o nacional.
Muito obrigado pela consideração, Tomaz. Só gostaria de reforçar que a motivação para este critério é a comparação do último campeonato (em que o campeão de cada torneio decidiu o campeão anual) com os semestrais anteriores para os clubes de meio-de-tabela, já que na prática a mudança foi só para os que chegaram à final. Por exemplo, um time "A", ficando em quarto tanto no Apertura quanto no Clausura independentes, faria 50 pontos anuais. No sistema novo o mesmo clube com as mesmas campanhas nos dois torneios faria somente 25 pontos anuais, sendo que pra esse clube não houve mudança prática nenhuma, já que não disputou a final...
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