quinta-feira, 28 de março de 2013

Ranking de Seleções 2013 – parte 3/4


Continuo a apresentar a primeira edição do Novo Ranking Mundial de Seleções, uma alternativa à lista publicada mensalmente pela Fifa. Para que o post não fique muito longo, dividi a classificação em 4 partes. Aqui, você encontra o ranking do 51º ao 100º colocado.


Os critériospara montagem da lista foram explicados neste texto. Vale reforçar que este ranking foi elaborado por mim e não está ligado a nenhuma entidade oficial. A classificação foi montada de acordo com critérios matemáticos e considera os resultados de todas as partidas entre seleções “A” de 2009 a 2012.

Segue a lista dos países colocados do 51º até o 100º lugar (na coluna da direita, a diferença de posições em relação ao ranking da Fifa divulgado em janeiro deste ano):

Pos
País
2009
2010
2011
2012
Total
Dif.
51
Mali
106,5
64,5
34,0
230,5
435,5
-26
52
Camarões
157,5
172,8
54,5
48,5
433,3
+15
53
Bélgica
85,0
40,5
104,0
194,5
424,0
-33
54
Romênia
127,5
29,0
94,5
154,0
405,0
-21
55
Iraque
53,3
58,5
210,8
76,5
399,0
+34
56
Polônia
54,0
62,0
95,5
183,0
394,5
0
57
Nova Zelândia
44,0
159,0
3,0
179,5
385,5
+34
58
Catar
80,3
45,3
186,3
72,8
384,5
+48
59
Coreia do Norte
94,5
105,3
120,0
54,5
374,3
+40
60
Jordânia
36,3
37,0
219,3
80,8
373,3
+35
61
Bahrein
153,0
40,5
112,5
43,0
349,0
+56
62
Jamaica
65,0
61,0
114,8
107,3
348,0
-4
63
Hungria
94,5
59,0
76,8
114,0
344,3
-31
64
Canadá
113,5
25,5
109,5
88,8
337,3
0
65
Bolívia
117,0
4,0
90,8
124,5
336,3
-24
66
Estônia
67,8
76,0
145,0
46,5
335,3
+17
67
Turquia
71,5
82,5
94,0
80,0
328,0
-27
68
China
62,5
90,0
143,3
28,0
323,8
+18
69
Arábia Saudita
129,8
64,3
102,0
26,0
322,0
+49
70
Guatemala
10,0
19,5
166,3
106,0
301,8
+17
71
Montenegro
68,3
112,5
24,5
91,5
296,8
-40
72
Bulgária
98,3
30,0
34,0
129,0
291,3
-22
73
Taiti
0,0
3,0
10,0
272,0
285,0
+67
74
Omã
65,3
48,3
89,3
79,5
282,3
+34
75
Kuwait
75,0
64,8
116,3
26,0
282,0
+45
76
Bielorrússia
64,3
117,5
42,5
57,5
281,8
-11
77
Angola
33,0
96,8
50,5
99,8
280,0
+1
78
Malaui
75,0
109,0
48,5
42,0
274,5
+36
79
Burkina Fasso
107,8
61,5
37,0
50,3
256,5
+13
80
Marrocos
54,5
26,0
61,0
98,3
239,8
-6
81
Áustria
112,5
39,0
36,5
50,3
238,3
-13
82
Finlândia
105,8
26,3
46,5
59,3
237,8
+2
83
Irlanda do Norte
122,0
57,5
19,0
38,0
236,5
+15
84
Haiti
83,0
18,0
60,8
74,5
236,3
-46
85
Guiné
25,5
52,5
38,0
115,8
231,8
-24
86
Togo
105,0
26,5
41,3
58,5
231,3
-9
87
Sudão
19,0
23,5
57,8
128,0
228,3
+13
88
Albânia
28,5
69,5
48,0
81,0
227,0
-25
89
Letônia
135,8
22,5
43,0
25,0
226,3
+15
90
Nova Caledônia
0,0
1,0
21,0
204,0
226,0
+17
91
Trinidad e Tobago
54,8
45,0
60,8
62,5
223,0
-20
92
Emirados Árabes
31,8
62,5
72,3
54,0
220,5
+11
93
Uganda
49,5
44,3
55,8
66,0
215,5
-12
94
Síria
64,5
46,8
76,5
26,0
213,8
+42
94
País de Gales
50,3
4,5
123,0
36,0
213,8
-13
96
Israel
85,5
19,5
57,0
46,5
208,5
-20
97
Escócia
45,0
34,5
83,0
45,8
208,3
-28
98
Senegal
15,0
52,5
78,0
60,0
205,5
-19
99
Moçambique
82,5
40,5
36,0
42,0
201,0
+14
100
Benin
105,0
45,0
4,5
45,8
200,3
-7

Neste pedaço do ranking, aparece o time mais beneficiado do mundo pela nova metodologia: o Taiti, que sobe de 140º para 73º lugar. A diferença está nos 200 pontos de bônus que o país ganhou por ser campeão da Copa das Nações da OFC (título que lhe deu uma vaga na próxima Copa das Confederações). Como a Fifa não tem nenhuma bonificação pela performance nos torneios, o feito do Taiti lhe valeu poucos pontos no ranking da entidade. No novo método, o país ganha posição bem mais proeminente, mas não chega a ser o melhor de sua confederação – posto ocupado, logicamente, pela Nova Zelândia, 57ª no ranking.

Uma região muito beneficiada foi a Ásia, afinal, 3 dos 4 times que mis ganharam posições nesta metodologia são de lá: Bahrein, Arábia Saudita e Catar. Aqui, a explicação para a diferença em relação à Fifa é mais complicada. Trata-se de três países que jogam com muita frequência, fato que certamente os beneficiou neste ranking, mas cujo impacto é limitado (a pontuação ganha com amistosos não supera 40% do total para nenhuma dessas seleções).

O que acontece é que, no geral, os países asiáticos realmente foram beneficiados por esta metodologia: ganharam, em média, 16 posições. Se considerarmos a colocação dos três times dentre os representantes da AFC, o resultado condiz com seu desempenho. O Catar, 7º da Ásia neste ranking, chegou às quartas-de-final no último torneio continental e está entre os 10 finalistas das eliminatórias para a Copa de 2014; já Bahrein e Arábia Saudita, apesar do ganho na lista geral, ainda são, apenas, 10º e 12º colocados na AFC, respectivamente.

Do outro lado da balança, os times europeus surgem como os maiores prejudicados pela metodologia: 4 dos 5 que mais perderam posições são de lá. Os países em questão, Escócia, Montenegro, Hungria e Bélgica, têm características em comum: alcançaram alguns bons resultados em eliminatórias, mas não se classificaram nem para o Mundial-2010 nem para a Euro-2012.

Pode-se dizer que o fato de a Euro ser, disparado, o torneio continental para o qual é mais difícil conseguir classificação tem prejudicado os europeus (perderam, em média, 9 posições, considerando-se o ranking completo). Mas, na maioria das vezes, a queda é merecida. O caso da Bélgica, que aqui aparece em 53ª, é emblemático: por que um time que não disputou a Copa nem a Euro deveria ser considerado o 20º melhor do mundo, como aponta a Fifa?

Outro absurdo do ranking da Fifa é o caso do Haiti. A lista oficial aponta a nação caribenha como a 3ª melhor da Concacaf e a 38ª do mundo. O país, de fato, chegou às quartas-de-final da Copa Ouro em 2009 e se classificou para o torneio de 2013. Por outro lado, nem se classificou para a competição em 2011 e não está entre os 6 finalistas na briga por vagas para a Copa do Mundo de 2014. Na nova metodologia, os haitianos aparecem em 10º entre os times da Concacaf, classificação muito mais condizente com seu desempenho no período.

Nenhum comentário:

Postar um comentário