Continuo a apresentar a primeira edição do Novo Ranking Mundial de Seleções, uma alternativa à lista publicada mensalmente pela Fifa. Para que o post não fique muito longo, dividi a classificação em 4 partes. Aqui, você encontra o ranking do 51º ao 100º colocado.
Os critériospara montagem da lista foram explicados neste texto.
Vale reforçar que este ranking foi elaborado por mim e não está ligado a
nenhuma entidade oficial. A classificação foi montada de acordo com critérios
matemáticos e considera os resultados de todas as partidas entre seleções “A”
de 2009 a 2012.
Segue a lista
dos países colocados do 51º até o 100º lugar (na coluna da direita, a diferença
de posições em relação ao ranking da Fifa divulgado em janeiro deste ano):
Pos
|
País
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
|
Total
|
Dif.
|
51
|
Mali
|
106,5
|
64,5
|
34,0
|
230,5
|
435,5
|
-26
|
52
|
Camarões
|
157,5
|
172,8
|
54,5
|
48,5
|
433,3
|
+15
|
53
|
Bélgica
|
85,0
|
40,5
|
104,0
|
194,5
|
424,0
|
-33
|
54
|
Romênia
|
127,5
|
29,0
|
94,5
|
154,0
|
405,0
|
-21
|
55
|
Iraque
|
53,3
|
58,5
|
210,8
|
76,5
|
399,0
|
+34
|
56
|
Polônia
|
54,0
|
62,0
|
95,5
|
183,0
|
394,5
|
0
|
57
|
Nova Zelândia
|
44,0
|
159,0
|
3,0
|
179,5
|
385,5
|
+34
|
58
|
Catar
|
80,3
|
45,3
|
186,3
|
72,8
|
384,5
|
+48
|
59
|
Coreia do Norte
|
94,5
|
105,3
|
120,0
|
54,5
|
374,3
|
+40
|
60
|
Jordânia
|
36,3
|
37,0
|
219,3
|
80,8
|
373,3
|
+35
|
61
|
Bahrein
|
153,0
|
40,5
|
112,5
|
43,0
|
349,0
|
+56
|
62
|
Jamaica
|
65,0
|
61,0
|
114,8
|
107,3
|
348,0
|
-4
|
63
|
Hungria
|
94,5
|
59,0
|
76,8
|
114,0
|
344,3
|
-31
|
64
|
Canadá
|
113,5
|
25,5
|
109,5
|
88,8
|
337,3
|
0
|
65
|
Bolívia
|
117,0
|
4,0
|
90,8
|
124,5
|
336,3
|
-24
|
66
|
Estônia
|
67,8
|
76,0
|
145,0
|
46,5
|
335,3
|
+17
|
67
|
Turquia
|
71,5
|
82,5
|
94,0
|
80,0
|
328,0
|
-27
|
68
|
China
|
62,5
|
90,0
|
143,3
|
28,0
|
323,8
|
+18
|
69
|
Arábia Saudita
|
129,8
|
64,3
|
102,0
|
26,0
|
322,0
|
+49
|
70
|
Guatemala
|
10,0
|
19,5
|
166,3
|
106,0
|
301,8
|
+17
|
71
|
Montenegro
|
68,3
|
112,5
|
24,5
|
91,5
|
296,8
|
-40
|
72
|
Bulgária
|
98,3
|
30,0
|
34,0
|
129,0
|
291,3
|
-22
|
73
|
Taiti
|
0,0
|
3,0
|
10,0
|
272,0
|
285,0
|
+67
|
74
|
Omã
|
65,3
|
48,3
|
89,3
|
79,5
|
282,3
|
+34
|
75
|
Kuwait
|
75,0
|
64,8
|
116,3
|
26,0
|
282,0
|
+45
|
76
|
Bielorrússia
|
64,3
|
117,5
|
42,5
|
57,5
|
281,8
|
-11
|
77
|
Angola
|
33,0
|
96,8
|
50,5
|
99,8
|
280,0
|
+1
|
78
|
Malaui
|
75,0
|
109,0
|
48,5
|
42,0
|
274,5
|
+36
|
79
|
Burkina Fasso
|
107,8
|
61,5
|
37,0
|
50,3
|
256,5
|
+13
|
80
|
Marrocos
|
54,5
|
26,0
|
61,0
|
98,3
|
239,8
|
-6
|
81
|
Áustria
|
112,5
|
39,0
|
36,5
|
50,3
|
238,3
|
-13
|
82
|
Finlândia
|
105,8
|
26,3
|
46,5
|
59,3
|
237,8
|
+2
|
83
|
Irlanda do Norte
|
122,0
|
57,5
|
19,0
|
38,0
|
236,5
|
+15
|
84
|
Haiti
|
83,0
|
18,0
|
60,8
|
74,5
|
236,3
|
-46
|
85
|
Guiné
|
25,5
|
52,5
|
38,0
|
115,8
|
231,8
|
-24
|
86
|
Togo
|
105,0
|
26,5
|
41,3
|
58,5
|
231,3
|
-9
|
87
|
Sudão
|
19,0
|
23,5
|
57,8
|
128,0
|
228,3
|
+13
|
88
|
Albânia
|
28,5
|
69,5
|
48,0
|
81,0
|
227,0
|
-25
|
89
|
Letônia
|
135,8
|
22,5
|
43,0
|
25,0
|
226,3
|
+15
|
90
|
Nova Caledônia
|
0,0
|
1,0
|
21,0
|
204,0
|
226,0
|
+17
|
91
|
Trinidad e Tobago
|
54,8
|
45,0
|
60,8
|
62,5
|
223,0
|
-20
|
92
|
Emirados Árabes
|
31,8
|
62,5
|
72,3
|
54,0
|
220,5
|
+11
|
93
|
Uganda
|
49,5
|
44,3
|
55,8
|
66,0
|
215,5
|
-12
|
94
|
Síria
|
64,5
|
46,8
|
76,5
|
26,0
|
213,8
|
+42
|
94
|
País de Gales
|
50,3
|
4,5
|
123,0
|
36,0
|
213,8
|
-13
|
96
|
Israel
|
85,5
|
19,5
|
57,0
|
46,5
|
208,5
|
-20
|
97
|
Escócia
|
45,0
|
34,5
|
83,0
|
45,8
|
208,3
|
-28
|
98
|
Senegal
|
15,0
|
52,5
|
78,0
|
60,0
|
205,5
|
-19
|
99
|
Moçambique
|
82,5
|
40,5
|
36,0
|
42,0
|
201,0
|
+14
|
100
|
Benin
|
105,0
|
45,0
|
4,5
|
45,8
|
200,3
|
-7
|
Neste pedaço do
ranking, aparece o time mais beneficiado do mundo pela nova metodologia: o
Taiti, que sobe de 140º para 73º lugar. A diferença está nos 200 pontos de
bônus que o país ganhou por ser campeão da Copa das Nações da OFC (título que
lhe deu uma vaga na próxima Copa das Confederações). Como a Fifa não tem
nenhuma bonificação pela performance nos torneios, o feito do Taiti lhe valeu
poucos pontos no ranking da entidade. No novo método, o país ganha posição bem
mais proeminente, mas não chega a ser o melhor de sua confederação – posto
ocupado, logicamente, pela Nova Zelândia, 57ª no ranking.
Uma região muito
beneficiada foi a Ásia, afinal, 3 dos 4 times que mis ganharam posições nesta
metodologia são de lá: Bahrein, Arábia Saudita e Catar. Aqui, a explicação para
a diferença em relação à Fifa é mais complicada. Trata-se de três países que
jogam com muita frequência, fato que certamente os beneficiou neste ranking,
mas cujo impacto é limitado (a pontuação ganha com amistosos não supera 40% do
total para nenhuma dessas seleções).
O que acontece é
que, no geral, os países asiáticos realmente foram beneficiados por esta
metodologia: ganharam, em média, 16 posições. Se considerarmos a colocação dos três
times dentre os representantes da AFC, o resultado condiz com seu desempenho. O
Catar, 7º da Ásia neste ranking, chegou às quartas-de-final no último torneio
continental e está entre os 10 finalistas das eliminatórias para a Copa de
2014; já Bahrein e Arábia Saudita, apesar do ganho na lista geral, ainda são,
apenas, 10º e 12º colocados na AFC, respectivamente.
Do outro lado da
balança, os times europeus surgem como os maiores prejudicados pela
metodologia: 4 dos 5 que mais perderam posições são de lá. Os países em
questão, Escócia, Montenegro, Hungria e Bélgica, têm características em comum:
alcançaram alguns bons resultados em eliminatórias, mas não se classificaram
nem para o Mundial-2010 nem para a Euro-2012.
Pode-se dizer que
o fato de a Euro ser, disparado, o torneio continental para o qual é mais
difícil conseguir classificação tem prejudicado os europeus (perderam, em
média, 9 posições, considerando-se o ranking completo). Mas, na maioria das
vezes, a queda é merecida. O caso da Bélgica, que aqui aparece em 53ª, é
emblemático: por que um time que não disputou a Copa nem a Euro deveria ser
considerado o 20º melhor do mundo, como aponta a Fifa?
Outro absurdo do
ranking da Fifa é o caso do Haiti. A lista oficial aponta a nação caribenha
como a 3ª melhor da Concacaf e a 38ª do mundo. O país, de fato, chegou às
quartas-de-final da Copa Ouro em 2009 e se classificou para o torneio de 2013.
Por outro lado, nem se classificou para a competição em 2011 e não está entre
os 6 finalistas na briga por vagas para a Copa do Mundo de 2014. Na nova
metodologia, os haitianos aparecem em 10º entre os times da Concacaf,
classificação muito mais condizente com seu desempenho no período.
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