Equilíbrio histórico em outras competições

Fechando (por hora) o assunto dos rankings de equilíbrio histórico, vejamos como ficam os índices dos torneios interclubes e de seleções:

Pos.	Torneio	Índice
1	Mundial de Clubes	22,3
2	Liga dos Campeões da Concacaf	18,0
3	Liga dos Campeões da Ásia	17,2
4	Liga dos Campeões da África	16,0
5	Copa Libertadores	14,2
6	Liga dos Campeões da Europa	12,7
7	Copa Africana de Nações	7,5
8	Eurocopa	7,3
9	Copa do Mundo	5,9
10	Copa da Ásia	5,5
11	Copa América	3,8
12	Copa Ouro	2,4

*torneios da Oceania não foram incluídos pelo pequeno número de edições

Aqui, também não há grandes surpresas nos resultados. Por terem um maior número de edições e uma maior variação no equilíbrio de forças ao longo do tempo, os torneios de clubes têm maior distribuição de títulos que os de seleções.

Um detalhe interessante do ranking de equilíbrio é que ele não se aplica só ao futebol. Só por curiosidade, vejamos como fica o índice para outras competições:

Pos.	Torneio	Índice
1	Miss Universo - países	19,8
2	NFL	12,9
3	MLB	9,7
4	Carnaval SP	8,7
5	Carnaval RJ	7,4
6	NHL	7,3
7	NBA	6,4
8	F1 - Construtores	6,0

Para quem tem certeza que as notas do Carnaval são pura marmelada, é interessante notar que tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo a distribuição de títulos segue padrão semelhante aos de torneios esportivos idôneos. Já os concursos de Miss...

O recorde do Coritiba

Nesta quarta-feira, o Coritiba foi derrotado pelo Palmeiras na Copa do Brasil. Com esse resultado, chegou ao fim a série de 24 vitórias consecutivas do Coxa – um recorde no futebol brasileiro.

Como de praxe, foi feita grande festa pelo feito da equipe paranaense. Os mais afobados já colocam até o Coritiba entre os candidatos ao título do Brasileirão. A empolgação (por parte dos torcedores, não dos “analistas”) é compreensível, mas uma olhada mais atenta à lista de vitórias do Coxa ajuda a relativizar bastante o poderio da equipe:

Placar	Adversário	Divisão do adversário no Brasileiro
5x0	Iraty	-
4x1	Rio Branco-PR	-
2x1	Corinthians-PR	-
3x0	Roma	-
1x0	Ypiranga-RS	-
4x2	Atlético-PR	1ª
2x0	Ypiranga-RS	-
2x1	Cianorte	-
3x2	Operário	-
3x0	Paranavaí	-
4x2	Paraná	2ª
2x1	Atlético-GO	1ª
3x0	Cascavel	-
2x0	Arapongas	-
4x2	Iraty	-
3x1	Atlético-GO	1ª
6x2	Rio Branco-PR	-
1x0	Corinthians-PR	-
4x0	Caxias	3ª
4x1	Roma	-
3x0	Atlético-PR	1ª
1x0	Caxias	3ª
2x0	Cianorte	-
6x0	Palmeiras	1ª

Analisando a lista, o que vemos são 5 boas vitórias contra outros times da Série A do Brasileirão, 1 vitória contra uma equipe da Série B (Paraná) e 2 triunfos contra um adversário da Série C (Caxias). As outras 16 vitórias aconteceram contra times que disputarão a quarta divisão do Brasileirão – na maioria dos casos, nem isso. Ou seja, em 19 dos 24 jogos pode-se dizer que a vitória nada mais era que “obrigação”. 

Não quero, aqui, desmerecer o feito do Coritiba. Independentemente da qualidade dos adversários, manter a regularidade e evitar tropeços em um período de tempo tão longo é mesmo difícil. É importante, no entanto, saber encarar o feito pelo que ele é: um recorde estatístico, que mostra regularidade e foco, principalmente contra adversários mais fracos. Devido ao nível baixíssimo da maioria dos oponentes batidos, não dá para fazer nenhum julgamento sobre a qualidade do time do Coxa, por mais longa e brilhante que possa ser a série de resultados.

Curiosidade na Libertadores

A hecatombe brasileira na última quarta-feira criou um cenário bastante incomum para as quartas-de-final da Copa Libertadores: há 7 países diferentes representados entre os 8 melhores times do torneio. A última vez que isso aconteceu foi em 1994. Curiosamente, nesse ano, a única nação com dois times não era nem o Brasil nem a Argentina, mas sim a Colômbia.

Em 2011, acontece fato ainda mais surpreendente: o único país com dois representantes é o Paraguai, que conta com Cerro Porteño e Libertad. Vale dizer que a última vez em que dois paraguaios chegaram nessa fase da competição foi em 1993.