segunda-feira, 11 de maio de 2015

Partidas entre times da Série A antes do início do Brasileirão



Começou no último fim de semana mais um Campeonato Brasileiro. Em vez da expectativa que deveria cercar a abertura do torneio mais importante do país, o clima foi de desinteresse – cortesia do genial calendário da CBF, que marca a 1ª rodada da Série A logo em seguida da final dos Estaduais e, pior ainda, no meio das oitavas-de-final da Libertadores. Graças a isso, Corinthians x Cruzeiro, que poderia ser um jogo importante em uma futura briga pelo título, viu ambas as equipes entrarem em campo cheias de reservas.

Críticas à parte, um bom indício da força com que os times chegam para este início de campeonato é elencar seus resultados em jogos contra outras equipes da Série A, neste ano de 2015. Vejamos como cada um se saiu:

Pos
Equipe
V
E
D
%
1
Coritiba
1
0
0
100,0
2
Corinthians
4
2
1
66,7
3
Flamengo
2
1
1
58,3
3
Vasco
2
1
1
58,3
5
Santos
3
2
2
52,4
6
Joinville
3
5
1
51,9
7
Atlético-MG
1
3
0
50,0
7
Internacional
1
3
0
50,0
7
Ponte Preta
2
0
2
50,0
10
Figueirense
3
4
3
43,3
11
Avaí
1
2
1
41,7
11
São Paulo
3
1
4
41,7
13
Chapecoense
2
3
3
37,5
14
Palmeiras
2
1
4
33,3
15
Grêmio
0
2
1
22,2
16
Cruzeiro
0
2
2
16,7
17
Atlético-PR
0
0
1
0,0
17
Sport
0
0
1
0,0
17
Fluminense
0
0
2
0,0
*O Goiás não enfrentou nenhum time da Série A em 2015

Ao excluir os jogos contra “nanicos”, a tabela mostra uma realidade diferente da esperada para vários times. Um exemplo é o Palmeiras: elogiado pelo vice-campeonato paulista, o time tem um desempenho bem fraco nos jogos contra times de primeira divisão – o que indica que ainda há muito trabalho a ser feito. Outros grandes que devem iniciar o Brasileirão com o sinal de alerta ligado são Cruzeiro e Fluminense, que tropeçaram nos Estaduais e não conseguiram vencer nenhum adversário da Série A até aqui.

No alto da tabela, o Coritiba se beneficia de ter feito apenas 1 partida contra times da elite. Em seguida, aparece o Corinthians, que reflete o ótimo começo de temporada da equipe (apesar dos tropeços nos últimos encontros). Vasco e Santos têm números que refletem seus títulos estaduais, enquanto o Flamengo também alcançou boa média, apesar de ter falhado na “hora H’, no Carioca.

Vale ressaltar que esta tabela não deve ser levada muito ao pé da letra. Embora seja um bom indicativo do desempenho dos clubes na “pré-temporada” do primeiro quadrimestre, ela tem pouquíssima relação com o resultado final do Brasileirão (regressões lineares feitas nos anos anteriores nunca mostraram correlação maior que 0,05 entre esta tabela e a classificação final).

O motivo para isso é evidente: além de serem poucos jogos considerados, a quantidade e qualidade dos adversários varia muito de equipe para equipe. Ou seja, não dá para comparar a média de Coritiba, Atlético-PR e Sport, que só enfrentaram times da Série A 1 vez (isso para não falar do Goiás, que não jogava contra ninguém da elite há 5 meses), com a do Figueirense, que já fez 10 partidas contra times da primeira divisão.

Aliás, é interessante notar a grande quantidade de jogos contra times da Série A dos clubes de Santa Catarina. Isso acontece porque, além de haver 4 clubes da elite brasileira no Estado, o regulamento do Estadual promove até 5 jogos contra o mesmo adversário (1 na primeira fase, 2 na segunda e 2 na decisão), no caso dos dois finalistas. O número de confrontos poderia ter sido ainda maior, se o Avaí não tivesse conseguido a proeza de ficar de fora do hexagonal final. Fora os catarinenses, o time que mais enfrentou adversários “de verdade” neste ano foi o São Paulo – além dos confrontos contra outras 4 equipes de Série A no Estadual, o time do Morumbi ainda jogou 3 vezes contra brasileiros na Libertadores.

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