quinta-feira, 22 de maio de 2014

Campeonatos mais equilibrados em 2013/14


Terminada a temporada dos campeonatos europeus mais importantes, é hora de avaliar como o equilíbrio se comportou no Velho Continente, neste ano.

Tomando como base o método de cálculo do Índice de Equilíbrio desenvolvidopor este blog, os torneios mais (e menos) nivelados da última temporada foram os seguintes:

Pos
Campeonato
Índice
1
Campeonato Brasileiro (Série B) 2013
66,1
2
Campeonato Brasileiro (Série A) 2013
65,7
3
Campeonato Argentino 2013/4*
61,1
4
Campeonato Turco 2013/4
60,9
5
Campeonato Holandês 2013/4
56,1
6
Campeonato Japonês 2013
55,4
7
Campeonato Grego 2013/4
53,5
8
Campeonato Francês 2013/4
53,0
9
Campeonato Espanhol 2013/4
48,5
10
Campeonato Russo 2013/4
48,4
11
Campeonato Português 2013/4
45,6
12
Campeonato Alemão 2013/4
43,9
13
Campeonato Italiano 2013/4
43,7
14
Campeonato Inglês 2013/4
43,6
15
Campeonato Escocês 2013/4
43,2
16
Campeonato Ucraniano 2013/4
34,6
*Só o Torneio Final
**Foram considerados os 16 principais campeonatos nacionais, excluindo-se aqueles que não são disputados por pontos corridos.

Mais uma vez, o Índice de Equilíbrio na Europa ficou bem abaixo dos níveis apurados na América do Sul – só a Turquia chegou perto. Aliás, nenhuma das 5 principais ligas europeias sequer aparece entre os 7 primeiros da lista. Até mesmo o Campeonato Francês, que em anos recentes rivalizava com o Brasil em termos de equilíbrio, teve um índice relativamente baixo nesta temporada.

Dos 12 torneios europeus considerados, nada menos que 8 viram o Índice de Equilíbrio cair em relação à temporada passada, na qual os níveis já eram baixos. Pior: as quatro exceções são campeonatos “secundários” – Grécia, Holanda, Portugal e Rússia. Embora tenhamos visto disputas emocionantes pelo título em alguns países (notadamente Inglaterra e Espanha), a verdade é que o abismo entre “grandes” e “pequenos” só faz aumentar.

Esse problema, pelo menos, não tem acontecido aqui, no Brasil. Mesmo na Argentina, os índices dos últimos torneios têm sido bem altos. Sempre é bom lembrar, no entanto, que alto equilíbrio pode indicar bastante “emoção”, mas não tem nada a ver com nível técnico. Basta constatar que a Série B foi mais equilibrada que a Série A do Brasileirão neste ano (e na maioria dos anos passados também).

3 comentários:

  1. Pois é, mais uma vez se mostra que equilíbrio não tem nada a ver com emoção ou com nível técnico. Pode ser até chamado de "Índice de homogeneidade" do campeonato, já que acaba não indicando se o equilíbrio está concentrado mais na parte de baixo, na parte de cima, no miolão ou em toda a tabela...

    Poderia casar a análise com um "índice de estabilidade", onde analisar-se-ia a capacidade dos times de manter suas posições ao longo dos anos (só 2 temporadas, podendo-se expandir depois para 3, ou 5, ou 10, sei lá). Campeonatos mais "estáveis" acabam sendo mais previsíveis, e os mais "instáveis" seriam os mais caóticos.

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    1. Oi, Alexandre,
      Eu cheguei a fazer essa conta do "Índice de Estabilidade" uns 2 anos atrás (acho que chamei de "Índice de Renovação"). O problema é que os resultados foram muito parecidos com os do Índice de Equilíbrio (maior equilíbrio = maior renovação), o que tornou dispensável calcular esse outro índice todo ano.

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    2. Pois é, pensando bem, em um campeonato mais "homogêneo" (ou "equilibrado"), as chances de troca de posição no campeonato seguinte seriam maiores. Só fiz a sugestão pra ver se isso se comprovava mesmo, mas como já havias feito, então... bom, é isso mesmo.

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