Hora de sair da Europa e vir para a América do Sul, para atualizar o Ranking histórico do Campeonato Argentino. Nesta temporada, nossos vizinhos voltaram a ter apenas um campeão: a fórmula de Apertura e Clausura segue firme e forte, mas agora há uma final para decidir quem fica com o título. Assim, para determinar a classificação do 3º ao 20º colocado (naturalmente, os dois primeiros são os dois finalistas, Vélez e Newell’s), foi feita a soma dos pontos conquistados nos dois torneios.
Assim, confira abaixo o ranking histórico atualizado:
Pos
|
Time
|
Total
|
1
|
River
Plate
|
6.510,5
|
2
|
Boca
Juniors
|
5.732,2
|
3
|
Independiente
|
4.133,8
|
4
|
San
Lorenzo
|
3.898,1
|
5
|
Racing
|
3.763,1
|
6
|
Vélez
Sarsfield
|
3.065,7
|
7
|
Estudiantes
|
2.647,9
|
8
|
Huracán
|
2.188,5
|
9
|
Newell's
Old Boys
|
1.943,1
|
10
|
Rosario
Central
|
1.804,7
|
11
|
Gimnasia y
Esgrima (La Plata)
|
1.599,6
|
12
|
Lanús
|
1.443,0
|
13
|
Argentinos
Juniors
|
1.384,5
|
14
|
Ferro
Carril Oeste
|
1.296,2
|
15
|
Banfield
|
1.152,9
|
16
|
Alumni
|
1.145,0
|
17
|
Platense
|
1.034,3
|
18
|
Quilmes
|
1.001,7
|
19
|
Chacarita
Juniors
|
828,2
|
20
|
Lomas
Athletic
|
822,2
|
21
|
Belgrano
Athletic
|
768,1
|
22
|
Colón
|
733,6
|
23
|
Atlanta
|
685,8
|
24
|
Talleres
(Córdoba)
|
581,0
|
25
|
Unión
|
551,0
|
26
|
Tigre
|
529,7
|
27
|
Porteño
|
508,5
|
28
|
San Isidro
|
439,8
|
29
|
Estudiantes
(Capital)
|
430,1
|
30
|
Estudiantil
Porteño
|
376,6
|
31
|
Arsenal
|
346,1
|
32
|
Belgrano
(Córdoba)
|
323,0
|
40
|
All Boys
|
215,6
|
49
|
Godoy Cruz
|
154,2
|
78
|
San Martín
(San Juan)
|
41,0
|
79
|
Atlético
Rafaela
|
39,6
|
Neste ano, não houve nenhuma alteração entre os 30 primeiros colocados. O campeão Vélez Sarsfield rompeu a barreira dos 3 mil pontos, mas ainda precisa de mais 700 (ou seja, 7 títulos) para ameaçar o 5º lugar do Racing. Outro que superou uma barreira importante foi o Quilmes, que chegou a mil pontos e é o melhor time que tem chances de ganhar posições na próxima temporada, precisando, para tanto, de um 3º lugar.
Em 2012/3, o principal time a subir no ranking foi o Belgrano, que ultrapassou o Almagro na 32ª posição. All Boys (1 colocação), Godoy Cruz (2), San Martín (5) e Atlético Rafaela (5) foram os outros que subiram. Rafaela, Godoy Cruz e All Boys devem ganhar mais algumas posições em 2014, junto com Arsenal e Olimpo – todos times do “segundo escalão”.
Na próxima temporada, voltarão à elite dois clubes bastante tradicionais: Rosario Central e Gimnasia La Plata. O terceiro promovido é o Olimpo, que vem fazendo papel de “ioiô” nos últimos 6 anos. Assim como em 2011, um gigante do futebol argentino foi rebaixado pela primeira vez. Agora, a vítima foi o Independiente, figura constante na elite argentina desde 1912. Com isso, o Boca Juniors torna-se o time há mais tempo na primeira divisão – estreou há exatamente um século, em 1913. Os outros rebaixados deste ano foram o Unión, time de médio porte, e o pequeno San Martín de San Juan.
Times bem espaçados, nenhuma perspectiva de mudança brusca nos próximos anos. Até é estranho, com esse novo sistema do título unificado: Em teoria, só deferia afetar o campeão, mas no ranking afeta a todos. Por exemplo, nesta temporada, o Boca ganharia 16,7 pontos pelo Inicial e 5,26 pelo Final. No fim, ganhou só 11,1 pelos dois juntos. Ou o Lanús, que ganharia 25 pelo Inicial e mais 33,3 pelo Final. Ficou só com os 33,3 pelos dois. Pior o River, 12,5 pelo Inicial mais 50 pelo Final, mas ficou só com os 25 pelos dois. O miolão do torneio não mudou nada, os clubes jogaram o campeonato da mesma forma, mas só porque os finalistas se enfrentaram, houve uma redução brusca nos pontos. Ruim pra quem sobe agora, bom pra quem jogou 2 por ano. O próprio Newell's perdeu 100 pontos nessa mudança. Por isso, por mais que cada um tenha valido um título independente nas últimas décadas, para efeitos desse ranking e tornar mais justo eu sugeriria dividir por 2 a pontuação quando houve 2 campeonatos no ano...
ResponderExcluirOi, Alexandre,
ExcluirRealmente, os times que viveram bons momentos quando havia 2 campeonatos por ano são beneficiados. Quando montei o ranking, cheguei a pensar em dividir por 2 os pontos dessa época. Mas decidi não fazê-lo por dois motivos:
1. Os argentinos dão peso igual a todos os títulos, sejam eles de "meia temporada" ou de "temporada inteira". Nenhum torcedor menospreza o rival dizendo coisas tipo "seu título foi mais fácil". Assim, atribuir 50 pontos à conquista do Arsenal e 100 ao título do Vélez não refletiria a igual importância histórica das duas conquistas.
2. Não acho que ter uma final unificada só afete o campeão. Pense dessa forma: se não houvesse a decisão, o River quase teria sido campeão neste semestre; mas, do jeito que é, ele quase foi finalista, o que, de fato, vale menos! A mesma lógica vela para todos que vêm abaixo. Sei que é um racioncínio meio "forçado", para justificar tal desigualdade, mas o fato é que a injustiça foi criada pela AFA, com o vai-e-vem dos regulamentos, e tentar remediá-la acabaria gerando outras injustiças, além de tornar os critérios um pouco mais subjetivos...