quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Equilíbrio histórico dos Estaduais – últimos 20 anos


No último texto, apresentei o índice de equilíbrio histórico (clique aqui para conhecer ametodologia) dos principais campeonatos estaduais do Brasil. Com índices que variaram de 2,8 a 9,4, vimos que, com exceção de Santa Catarina (e, talvez, São Paulo) são torneios que sempre tiveram um grupo pequeno de clubes ganhando títulos. 

A situação fica ainda pior se considerarmos apenas os últimos 20 anos. Afinal, nos primórdios dos torneios, muitos times pequenos, que hoje nem existem mais, conseguiram ser campeões. Contando apenas as últimas duas décadas, chega-se a um número que reflete melhor quantos times realmente brigam pelo título, atualmente.

Considerando os nove Estados que hoje têm representantes na Série A do Brasileirão, o ranking dos últimos 20 anos é o seguinte:

Pos
Estado
Índice
1
São Paulo
4,5
2
Santa Catarina
4,3
3
Paraná
3,6
4
Rio de Janeiro
3,3
5
Minas Gerais
2,8
6
Goiás
2,7
7
Bahia
2,4
7
Rio Grande do Sul
2,4
9
Pernambuco
2,2

Nota-se que, com uma diferença de no máximo 0,8 ponto (a mais ou a menos), o índice equivale ao número de times considerados “grandes” dentro de seus respectivos Estados. Além disso, os números caem muito em relação ao ranking histórico geral e, em alguns casos, chegam a níveis comparáveis aos dos torneios mais sem graça do mundo.

Enquanto o Brasileirão tem um índice de equilíbrio de 8,7 nos últimos 20 anos, o mais equilibrado dos Estaduais – o Paulista – tem só 4,5. Os três últimos colocados da lista só não têm índices piores que o Grego (2,2), o Português (2,1) e o Escocês (1,8) – considerando, em todos os casos, os últimos 20 anos.

7 comentários:

  1. Só uma correção, você considerou os estaduais de 2002, onde os principais clubes não jogaram. Com os "grandes", dificilmente uma Caldense ou Ituano - nada contra essas equipes - ganhariam um estadual. Sendo assim, Minas Gerais, que tem 2.8 (se substituir a edição de 2002 para a de 1992, completando 20 edições), por exemplo ficaria com 2.5) com 11 títulos do Cruzeiro; 6 do Atlético; 2 do América e um do Ipatinga.

    Já São Paulo, nas mesmas condições, seria rebaixado de 4.5 para 4.3 com 6 do Corinthians; 5 do Santos; 4 de São Paulo e Palmeiras e 1 do São Caetano.

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    1. Sim, você tem razão. Preferi manter os resultados de 2002 porque na maioria dos Estados os "grandes" jogaram. Mas, realmente, isso distorceu um pouco os resultados (vale lembrar que a diferença é pequena).

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  2. http://gfeldens.blogspot.com.br/2013/01/e-se-o-campeonato-brasileiro-usasse.html

    Olah, gostaria que olhasse essa ideia e, se quiser, poste algo a respeito, por mais que nao concorde... será que seria uma boa para nosso Brasileirao adotar a media de pontos?
    abraço

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    1. Achei interessante seu post, principalmente por mostrar que mesmo na média de 3 anos o Palmeiras seria rebaixado!
      Pessoalmente, sou contra o critério da média. Se não se usa média para definir o campeão, por que usá-la para o rebaixamento? Isso é uma invenção da Argentina que nunca nenhum campeonato importante usou, fora da América do Sul.
      Aliás, o presidente palmeirense falar que o rebaixamento foi um "acidente", em um campeonato com 38 rodadas, é o cúmulo da cara de pau!!!

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    2. Se seguisse o antigo modelo argentino, sim. Mas não pelo novo modelo. Lá não há mais play-offs (aquela coisa ridícula, onde um erro do juiz ou um dia ruim de um jogador pode fazer com que uma equipe que batalhou um ano permaneça na segundona, enquanto um clube que jogou mal o ano inteiro, permaneça na primeira...). Em compensação, agora caem três diretamente.

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  3. Aproveitando, fiz uma rápida passagem nos últimos 10 anos (2003-2012) de cada campeonato estadual + o do Distrito federal e ficou assim: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (5.6); Amazonas e Sergipe (5.0); Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Piauí, Rondônia e Tocantis (4.2); Goiás, Maranhão e Paraíba (3.6); Roraima e Santa Catarina (3.3); Rio Grande do Norte e São Paulo (3.1); Pará e Rio de Janeiro (2.9); Paraná (2.4); Minas Gerais e Pernambuco (2.2); Bahia e Distrito Federal (1.9); Ceará e Rio Grande do Sul (1.7) e Acre (1.5).

    No Acre, o Rio Branco faturou 8 das dez últimas edições. Os "estraga-prazeres" são Adesg (2006) e Juventus (2009).

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    1. Interessante!
      Veja que os 10 estaduais que têm os índices mais altos são totalmente inexpressivos (com exceção, talvez, de Alagoas).
      Isso é uma constante em todo o mundo: só campeonatos muito fracos têm índice de equilíbrio muito alto (embora um índice muito baixo também não seja bom, como deixa claro o caso do Acre).

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