Terminada a primeira fase da Copa Libertadores, o Brasil conseguiu classificar 6 times para as oitavas-de-final do torneio – um recorde. Aliás, nos últimos 6 anos, apenas um clube brasileiro foi eliminado na primeira etapa do torneio: o Flamengo, em 2012.
Desde 2005, o Brasil sempre teve pelo menos 1 time na final da Libertadores. Foram 10 participações na decisão nesse período, número que só não é maior por causa da regra que força times do mesmo país a se enfrentarem na semifinal. Neste ano, a história deve se repetir, novamente com os brasileiros aparecendo como principais favoritos a ganhar o que seria o 4º título seguido do país – igualando o recorde histórico da competição.
Para piorar, em 2013, é perfeitamente possível, para São Paulo ou Atlético-MG, ser campeão sem enfrentar nenhum estrangeiro no mata-mata. Os dois times citados se encontram nas oitavas-de-final; quem passar pode jogar contra o Palmeiras nas quartas; depois, enfrentaria o Corinthians na semifinal; e, por último, encararia Fluminense ou Grêmio na decisão. Será que a Libertadores está virando uma espécie de “Copa do Brasil ampliada”?
Primeiro, vamos conferir se os brasileiros são assim tão imbatíveis. Desde 2000, quando a Libertadores passou a contar com 32 times, vejamos qual o aproveitamento das equipes de cada país na primeira fase:
País
|
Classificados
|
Eliminados
|
%
|
Brasil
|
63
|
8
|
88,7%
|
México
|
24
|
5
|
82,8%
|
Argentina
|
43
|
25
|
63,2%
|
Colômbia
|
22
|
18
|
55,0%
|
Uruguai
|
18
|
17
|
51,4%
|
Equador
|
16
|
22
|
42,1%
|
Paraguai
|
14
|
25
|
35,9%
|
Chile
|
14
|
27
|
34,1%
|
Venezuela
|
4
|
17
|
19,0%
|
Peru
|
6
|
31
|
16,2%
|
Bolívia
|
2
|
31
|
6,1%
|
Realmente, a primeira fase tem sido praticamente uma formalidade para os brasileiros, já que 8 de cada 9 times passaram dessa etapa (e isso porque a lista de eliminados inclui Juventude, Santo André e Paulista).
Por outro lado, na hora do mata-mata, a história não tem sido tão fácil para os brasileiros (dados a partir de 2000):
País
|
Classificados
|
Eliminados
|
%
|
Brasil
|
53
|
30
|
63,9%
|
Argentina
|
42
|
28
|
60,0%
|
Paraguai
|
12
|
12
|
50,0%
|
México
|
21
|
22
|
48,8%
|
Colômbia
|
13
|
21
|
38,2%
|
Uruguai
|
8
|
15
|
34,8%
|
Bolívia
|
1
|
2
|
33,3%
|
Chile
|
6
|
12
|
33,3%
|
Venezuela
|
2
|
4
|
33,3%
|
Equador
|
6
|
13
|
31,6%
|
Peru
|
0
|
5
|
0,0%
|
Nota-se que, embora o Brasil ainda tenha o melhor aproveitamento dentre todos os países, sua vantagem sobre os outros não é tão grande assim – o índice de classificação não chega nem a 2/3. Ou seja, o domínio brasileiro deve-se não só à qualidade de nossos times (principalmente na fase de grupos), mas também à grande quantidade de representantes do País.
Para fechar, algumas curiosidades. O maior algoz de brasileiros, desde 2000, é disparado o Boca Juniors: já eliminou 9 vezes representantes do Brasil. Depois do gigante argentino aparece o Once Caldas, que bateu 3 brasileiros. Do outro lado da moeda, os times nacionais que mais vezes foram eliminados por estrangeiros são Cruzeiro e Grêmio – 4 vezes cada um.
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