segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os jogos mais comuns em Copas do Mundo


Faltam menos de 50 dias para o início da Copa do Mundo! É hora de começar a “entrar no clima” do Mundial, com algumas estatísticas e curiosidades interessantes sobre o torneio. Para começar, vejamos quais são os encontros que mais vezes aconteceram ao longo da história das Copas:
 
7 VEZES
Brasil x Suécia
Sérvia x Alemanha

6 VEZES
Argentina x Alemanha

5 VEZES
Brasil x Espanha
Brasil x Itália
Brasil x Rep. Tcheca
Inglaterra x Alemanha
Inglaterra x Argentina
Itália x Alemanha
Itália x Argentina
Itália x França

Curiosamente, os dois jogos mais comuns na história das Copas envolvem seleções que não estarão no próximo Mundial: Suécia e Sérvia (antiga Iugoslávia). Outro país que aparece na lista e não se classificou é a República Tcheca (ex-Tchecoslováquia). Todos os outros 7 encontros mais frequentes envolvem dois campeões mundiais, o que não chega a ser grande surpresa. Também não surpreende o fato de que todos os times na lista são europeus ou sul-americanos.

A essa lista de jogos que aconteceram pelo menos 5 vezes em Mundiais pode-se já adicionar Bélgica x Rússia, que se enfrentarão pela 5ª vez no dia 22 de junho, no Maracanã. Outros confrontos já vistos 4 vezes e que podem se repetir na próxima Copa são:

Alemanha x Suíça
Uruguai x Alemanha
México x França
Brasil x Argentina
Espanha x Alemanha
Brasil x França
Holanda x Argentina
Brasil x Holanda
Brasil x Inglaterra

Falando em confrontos comuns, quais são os maiores “fregueses” de outros times em Copas do Mundo? Considerando apenas as 32 seleções que disputarão o próximo Mundial e estipulando que “freguês” é um país que tem pelo menos 3 derrotas a mais que vitórias contra um adversário, temos a seguinte lista:

Chile é freguês da Alemanha (0-0-3) e do Brasil (0-0-3)
Inglaterra é freguesa do Brasil (0-1-3)
Alemanha é freguesa da Itália (0-2-3)
México é freguês da Argentina (0-0-3) e do Brasil (0-0-3)
Nigéria é freguesa da Argentina (0-0-3)
Rússia é freguesa do Brasil (0-0-3)
Uruguai é freguês da Alemanha (0-1-3)

Nesse aspecto, o sorteio da Copa foi muito bom para o Brasil, que pegará um tradicional “freguês” (México) na primeira fase e tem chances de enfrentar outro (Chile) nas oitavas-de-final. Mais um confronto desse tipo que está garantido é entre Nigéria e Argentina, que jogarão no grupo F.

A título de curiosidade, o time que pode ser considerado o maior “freguês” da história não está nessa lista: é a Suécia, que não venceu nenhum dos 7 confrontos que fez com o Brasil – empatou 2 e perdeu 5.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Riqueza do país não tem relação com qualidade da seleção


No começo do mês, publiquei texto mostrando que o tamanho do PIB dos paísestem forte relação com o número de medalhas que cada um ganha nas Olimpíadas. Será que no futebol essa mesma relação se verifica?

Tomando como base os 100 primeiros colocados no Novo Ranking de Seleções, mais os 20 países com maiores PIBs do mundo, vejamos se há relação entre as duas variáveis (pontuação no ranking x tamanho do PIB):


*A linha de tendência calculada é linear; ela se apresenta como uma curva porque o gráfico está apresentado em escala logarítmica.

Basta olhar para o gráfico para perceber que os pontos estão muito dispersos, longe da linha de tendência. E, de fato, o coeficiente de determinação (r²) é de apenas 0,059, o que indica pouca ou nenhuma relação entre as duas variáveis. Em tempo: foi feito o mesmo cálculo, tomando como base o ranking oficial da Fifa, em vez do calculado por este blog, e o coeficiente foi ainda menor: 0,025.

Se a relação da qualidade da seleção de futebol com o PIB é baixa, a ligação dela com a população ou com o PIB per capita é ainda menor: em ambos os casos, o valor do r² ficou abaixo de 0,001. Ou seja, ser grande, populoso ou rico não tem nada a ver com montar uma boa seleção de futebol.

E por que isso acontece? Aí saímos do campo objetivo e partimos para interpretações subjetivas. Arrisco dizer que, quando tratamos de apenas um esporte isoladamente, o fator da “paixão” da população do país por esse esporte tem um peso muito grande (todos os 20 primeiros colocados do ranking são apaixonados por futebol – ou têm um PIB enorme), enfraquecendo a relação direta com o tamanho da economia. 

Quando fazemos a mesma análise nas Olimpíadas – que envolvem um conjunto grande de esportes –, a relação econômica torna-se muito mais evidente, já que não se pode falar em país “apaixonado” por todos os esportes ao mesmo tempo.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Ranking Histórico do Campeonato Carioca – 2014


Mais um Campeonato Carioca encerrado, mais uma polêmica envolvendo arbitragem, mais um título para o Flamengo, mais um vice para o Vasco. O ano de 2014 não trouxe grandes novidades no Rio de Janeiro, diferentemente do que aconteceu em São Paulo.

Vejamos, então, como ficou o Ranking Histórico do Campeonato Carioca, incluindo os resultados de 2014:

Pos
Clube
Pontos
1
Flamengo
5.888,4
2
Fluminense
5.689,3
3
Botafogo
4.702,3
4
Vasco
4.547,2
5
América
2.851,4
6
Bangu
2.126,3
7
São Cristóvão
1.235,7
8
Madureira
902,7
9
Olaria
811,3
10
Bonsucesso
775,4
11
Americano (Campos)
616,7
12
Portuguesa
449,6
13
Volta Redonda
408,7
14
Andarahy
397,5
15
Campo Grande
325,8
16
Paysandu
267,6
17
Canto do Rio
267,3
18
Friburguense
254,8
19
Rio Cricket
185,2
20
Cabofriense
183,9
21
Goytacaz
154,0
22
Itaperuna
139,6
23
Boavista
124,2
24
Brasil
103,7
25
Villa Isabel
98,1
26
Mangueira
97,8
27
Resende
90,9
28
Carioca
86,3
29
Macaé
86,2
30
Americano (Capital)
70,0
33
Nova Iguaçu
60,2
34
Duque de Caxias
59,3
50
Audax
21,0
*São apresentados os 30 primeiros colocados, mais os times que disputaram a Série A em 2014.

A conquista do 33º Estadual permitiu ao Flamengo aumentar sua vantagem sobre o Fluminense, garantindo ao rubro-negro pelo menos mais dois anos na liderança do ranking, conquistada em 2008.

Em termos de mudanças de posições, não houve nenhuma entre os times importantes. A primeira alteração na tabela aconteceu apenas no 27º lugar, com o Resende ultrapassando o Carioca. Os outros times que subiram foram o Nova Iguaçu (ganhou 4 posições) e o Audax (subiu 8).

Em termos de tradição, o rebaixamento não poderia ter sido melhor, já que caíram os dois times menos importantes que estavam na elite: Audax e Duque de Caxias. Os promovidos ainda não estão definidos, mas América e Olaria – as duas equipes mais tradicionais de Série B – fizeram boas campanhas no primeiro turno e têm chances de subir. Os outros favoritos à promoção são Barra Mansa, que seria estreante na elite, e Portuguesa, time que também é bastante tradicional.